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O autor da façanha foi o modelo Splash, um curiosíssimo automóvel de alta performance que usa hidrofólios para “voar” na água. O próprio dono da empresa, Frank M. Rinderknecht, levou o carro-anfíbio à quebra do recorde, que ocorreu no dia 26 de julho deste ano de 2006.
No veículo, os hidrofólios ficam embutidos na carroceria. O Splash é anfíbio mesmo sem eles, entrando e saindo da água como quem faz uma conversão à direita, mas tem menos desenvoltura nisso que o Gibbs Aquada, que tem sistema de propulsão por jatos e rodas retráteis. Ainda assim, na água, a Rinspeed afirma que o Splash é mais rápido que o Aquada, desenvolvendo 50 km/h na água sem os hidrofólios (o concorrente chega a 48 km/h) e 80 km/h com esses equipamentos acionados. O hidrofólio traseiro, quando está em lugares secos, faz as vezes de aerofólio.
Largando de Dover, na costa do Reino Unido, o Splash levou 193 minutos e 47 segundos para chegar à cidade francesa de Sangatte. A distância, de 36 km/h, é difícil porque o Canal da Mancha é o trecho aquático mais movimentado do mundo. Esse pode ser o recorde mundial para um carro com hidrofólio (atualmente, o Splash deve ser o único), mas é inferior ao tempo conseguido por Richard Branson, dono da gravadora Virgin, com um Gibbs Aquada: 100 minutos e seis segundos. Para um veículo anfíbio, esse é o atual recorde mundial da travessia daquele trecho.
Segundo a Rinspeed, o choque com uma onda grande nos primeiros 12 quilômetros da travessia causou um defeito mecânico ainda não detectado que diminuiu a velocidade máxima obtida pelo Splash. Rinderknecht também reclamou da instabilidade do mar, que o impediu de atingir uma velocidade mais alta por questões de segurança.
O Splash tem um motor Weber de 750 cm³, ou 0,75 litro, e dois cilindros, turbinado, que desenvolve incríveis 141 cv a 7.000 rpm. Com peso de apenas 825 kg, por conta de sua carroceria de fibra de carbono, o carro faz bonito também no asfalto, onde consegue atingir 200 km/h e ir de 0 a 100 km/h em 5,9 s, tempo de carro esportivo legítimo.
Além de rápido e anfíbio, o Splash é ecologicamente correto. Seu motor é bicombustível, usando alternativamente gás natural ou gasolina, com baixíssimos índices de emissões.
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